quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

HACCP

A ferramenta designada HACCP (Hazard analyses and Critical Control Points) é talvez das mais difundidas e com maior aceitação, na indústria alimentar.

Desenvolvida pela Pilsbury, pelo Laboratórios do Exército dos Estados Unidos a pedido da NASA, decorrente do programa espacial americano, no inicio da década de 60, o seu objectivo é a produção de alimentos sãos e seguros.

Em 1971 a Pillsbury apresenta a técnica à American National Conference for Food Protection e desde então tem sido ajustado e desenvolvido pela Indústria Alimentar em todo o mundo, tendo nesse mesmo ano sido apresentado nas Nacões Unidas, pela comissão Codex Alimentarius.

Dois anos mais tarde é publicado o primeiro documento detalhando a técnica do sistema HACCP, no que viria a ser a grande base de referência para que em todo o mundo se desenvolvessem programas de Segurança Alimentar.

Desde então cada vez mais países optam por incorporar esta técnica nas obrigações legais da indústria nacional, com o intuito de oferecerem protecção reforçada aos consumidores.

A sua génese é semelhante ás FMEAS e HAZOP, em que é realizado um levantamento de perigos e analise do risco associado a um determinado produto, ou linha de produção.

O HACCP está baseado em sete princípios:

  1. Efectuar uma análise de perigos e identificar as medidas preventivas respectivas
  2. Identificar os pontos críticos de controlo (PCC’s): matéria-prima, stocks, processamento, distribuição e consumo.
  3. Estabelecer limites críticos para as medidas preventivas associadas com cada PCC: por exemplo, tempo e temperatura mínima de pasteurização,
  4. Estabelecer os requisitos de controlo (monitorização) dos PCC’s. Estabelecer procedimentos para utilização dos resultados da monitorização para ajustar o processo e manter o controlo
  5. Estabelecer acções correctivas para o caso de desvio dos limites críticos
  6. Estabelecer procedimentos de verificação para avaliar que o sistema está adequadamente implementado e é eficaz, nomeadamente através de auditorias internas, análises e testes aos produtos, avaliação de registos, não conformidades, reclamações, etc.
  7. Estabelecer um sistema para registo de todos os controlos

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Dióxinas "a never ending story"

Os consumidores europeus, podemos dizer são dos mais atentos do mundo, e talvez dos mais protegidos pela legislação. Sem duvida a UE, desde sempre optou por uma postura, de super precaução, que muitos consideram conservadora .


Mesmo assim tal não impede que os seus consumidores sejam expostos a diversos perigos, para a saúde publica. O ultimo escândalo, prende-se com a venda de 136 mil ovos contaminados com dioxina por uma empresa alemã a uma companhia holandesa. Aparentemente, parte destes ovos foram també utilizados para a produção de outros produtos, e tiveram como destino o Reino Unido. Segundo as fontes oficiais, a presença de toxinas detectadas na Holanda superava em três ou quatro vezes a taxa permitida pela legislação comunitária.

As dioxinas fazem parte dos POP's, do inglês "Persistent Organic Pollutant". Os POP's são compostos orgânicos bastante estáveis e que podem ser divididos em PCB's, Dioxinas, Furanos, etc. São dos principais contaminantes de produtos frescos.

Dioxinas é um termo geral que descreve um grupo de centenas de produtos químicos que são altamente persistentes no ambiente. O composto mais tóxico é a 2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina, também conhecida como TCDD.

Dioxinas e Furanos são subprodutos indesejáveis da incineração, queima descontrolada e certos processos industriais, as fontes industriais de dioxina para o meio ambiente incluem incineradores, fornos de fundição de metais, fornos de cimento, fodução de compostos orgânicos clorados, e estações de produção de energia por queima de carvão. As dioxinas também podem ser produzidas por fontes não-industriais, como a queima de madeira residencial, queima caseira de lixo doméstico, óleos de aquecimento e as emissões dos veículos a diesel.

As dióxinas não são soluveis em água, mas sim em gordura, o que significa que estas uma vez libertadas, se associam a sedimentos e matéria orgânica no ambiente, e entram rapidamente na cadeia alimentar dos animais e finalmente o Homem. Não são biodegradáveis e por tal são persistentes e bio-acumuláveis na cadeia alimentar.

Genericamente as tóxinas são consideradas um agente cangerigeno para os humanos. Sabemos hoje, pelos muitos estudos efectuados que as dioxinas estão também ligadas a: problemas reprodutivos e de desenvolvimento, defeitos congénitos, capacidade de danificar o sistema imunológico e interferir no sistema hormonal, mas a lista continua a aumentar com cada novo estudo efectuado.

Para quem quer saber um pouco mais, consultem: www.foodstandards.gov.au/consumerinformation/dioxinsinfood.cfm

E eu não deixo de ficar pasmada com a leviandade com que as autoridades afirmam a inocuidade dos produtos em questão!!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Segurança dos alimentos?? Para a maioria dos consumidores um dos pilares da qualidade de qualquer genero alimenticio é a segurança do mesmo. Genericamente podemos definir a qualidade como "grau de satisfação de requisitos dado por um cojunto de caracteristicas intrinsecas" (NP ISO 9000:2000)
Mas poucos são os que se aprecebem do impacto da segurança dos alimentos na dia-a-dia. Muitos ignoram até que se morre por falta de segurança dos alimentos consumidos..
Neste blog vou abordar os mais diversos temas relacionados com a Segurança dos Alimentos!!